sábado, 19 de setembro de 2009

O Tremelico e o Desespero

A ideia é simples. Primeiro lança-se um boato. A fonte, claro, é anónima. Depois, com base no "já falado", escrevem-se as mentiras mais grosseiras. Um simples direito de petição, destinado a quem de direito, deu logo a origem às mais irreais inverdades.

Não terminasse agora o meu mandato nem uma assinatura seria necessária. Bastava a minha. E o que se pretende? É simples. Que sejam analisados os dados do ruído e das poeiras emitidos pela empresa Enermontijo.

Já o sabemos. O Investimento é estratégico para o país e para a região. A localização é um absurdo. Como é possível efectuar-se uma fábrica com aquelas características paredes-meias com casas de habitação? Mesmo ao lado. Era do Governo a culpa, sussurravam uns. Afinal é da Câmara do Montijo. A resposta é do Governo. A localização é para todos o maior dos mistérios. Tive imensos debates com o Senhor Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional. E se por acaso o Senhor Ministro do Ambiente se deslocasse ao local, sei, tenho a certeza, que a sua expressão seria de indignação.

Depois de imensa pressão, de pedidos de esclarecimentos ao Governo, existem ligeiras melhorias. Será que são suficientes? Não sei. Só os dados técnicos o poderão dizer.

Agora, confundir um direito de petição com o encerramento é um acto de desespero. Solicita-se que os nossos futuros representantes, com responsabilidades na matéria, continuem a solicitar às autoridades com competência o interesse pelo bem-estar dos cidadãos. É só isto. Quem vos disser o contrário, já sabem, está mesmo muito desesperado. E não se inibe de lançar boatos e mentiras.

6 comentários:

  1. É ÓBVIO que ninguém na lista defende o encerramento da fábrica. É ridícula a ideia de que existem pessoas na nossa lista que pretendem o encerramento da EnerMontijo. Na situação actual que o país atravessa, com o elevado número de desempregados, os problemas sociais que afligem os cidadãos e as dificuldades que as famílias enfrentam para que não lhes faltem bens essenciais e para que consigam pagar as suas contas ao final de cada mês, é pura e simplesmente ABSURDO que alguém diga que nós queremos encerrar esta empresa. Só alguém completamente perverso e a roçar os limites da senilidade é que poderia defender tal coisa e querer afectar todas as pessoas que trabalham nesta empresa. Se o respeito pelas pessoas é a nossa máxima, porque razão os cidadãos que trabalham na EnerMontijo seriam desrespeitados? Por amor de Deus, nem eu nem ninguém da lista apoia o encerramento da fábrica! E creio que a partir de agora, não há razões para continuar a afimar-se tal coisa, pois quem o fizer estará a manipular as intenções da nossa lista e a mentir descaradamente. Aliás, acho que o debate entre as listas deve-se elevar a questões verdadeiramente ÚTEIS e BENÉFICAS para a freguesia. Como verão, a nossa lista não só não é contra o desemprego, como promove e incentiva, o emprego, o investimento e todas as iniciativas que enriqueçam a nossa região. Creio que esta campanha tem todas as condições para ser uma campanha muito séria e útil para todos, pois existem pessoas muitas sérias em todas as listas e creio que a intenção de todas elas é fazer o melhor que conseguirem pela nossa freguesia, por Pegões, que tem tudo para ser grande. Com respeito e elevação é possível fazermos todos uma boa campanha e discutirmos os diferentes projectos. Agora com insultos, insinuações e comentários de baixo nível, venham de que parte vierem só irão denegrir o verdadeiro sentido da política que é nada mais nada menos do que servir a sociedade através dos valores mais nobres que existem na nossa democracia!

    Francisco Chambel

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  2. "O Tremelico e o Desespero"

    Exmo. Senhor Luís Carloto,

    Eu, como colaborador da ENERMONTIJO, fico espantado com as barbaridades e mentiras que o senhor tem divulgado à população de Pegões.

    Como tenho acompanhado o processo de arranque da produção e licenciamento da ENERMONTIJO, vou tentar esclarecer a sua falta de informação técnica e não só...

    Como deve saber, se não o sabe vou explicar, para qualquer processo de licenciamento de uma unidade industrial do nosso país, são pedidos pareceres às entidades responsáveis acerca da viabilidade do projecto.

    Indiscutivelmente, a ENERMONTIJO solicitou todos os pareceres que foram favoráveis, pelo que se arrancou com um processo de pedido de licenciamento de construção junto da CM Montijo. Após análise ao processo efectuada pelos técnicos da câmara, estes deferiram o pedido de licenciamento.

    Após a obtenção do licenciamento, deu-se início à construção da unidade industrial ENERMONTIJO, a qual, representa um investimento de grande importância para a região, não só pelas dezenas de postos de trabalho directos e indirectos que foram criados, mas também, ao nível ambiental. Não me refiro apenas à produção de uma nova energia, mas também ao reaproveitamento de toneladas de resíduos florestais e madeiras que pelas suas características ou estavam a ser trituradas apenas para processo de queima, ou ficavam na floresta. Através desta unidade de produção, criámos uma riqueza energética limpa (não são utilizados quaisquer produtos químicos ou aditivos, apenas água), assim como rendimentos financeiros para a região e para o país, que aliás, também servem para pagar o seu salário de deputado...ou ex-deputado...
    Como deve saber, todas as unidades industriais que tenham a licença de utilização e exploração industrial emitida pela direcção Regional do Ministério da Economia competente, têm obrigatoriamente que cumprir requisitos ambientais legais (e outros), entre os quais, os valores de ruído admissíveis segundo classificação da zona de localização da fábrica e VLE's (Valores Limite de Emissão) para partículas de poeiras.
    Assim sendo, a ENERMONTIJO, conforme qualquer fábrica licenciada deste país, tem feito o que a lei determina e implementadas as correcções necessárias para cumprir os requisitos legais ambientais, até porque, por aquilo que conheço dos meus patrões, são pessoas bem formadas e que desde o início da construção desta fábrica, tentaram sempre ter o melhor relacionamento com os vizinhos mais próximos e com a população de Pegões em geral. Não compreendo por isso, que esforços e pressões é que o senhor tem feito (ou afirma fazer...), é que pela formação que me deram, estamos num país de democracia, com leis a cumprir (ambientais e outras) e não de pressões. Não compreendo...
    Tenho que salientar também, que o actual presidente da junta de freguesia e a própria CM Montijo, têm feito esforços no sentido de melhorar e resolver todo este ruído, não só o da fábrica, que aliás se resolve bem, como também o ruído de fundo provocado por pessoas mal intencionadas, cujo objectivo é meramente eleitoral, descurando na realidade o bem estar das pessoas...esses, quem se tem realmente preocupado com ele, têm sido os donos e os responsáveis da ENERMONTIJO que mantêm um diálogo aberto e directo com as pessoas que de alguma forma se têm sentido lesadas.
    Para terminar, enquanto for colaborador da ENERMONTIJO, vou defender o meu posto de trabalho, o de todos os meus colegas, as pessoas de Pegões e o meu país.

    Como cidadão português dou-lhe uma sugestão: faça uma campanha eleitoral séria, objectiva e correcta. Não gaste as suas energias com questões que já foram identificadas há muito tempo pelos responsáveis técnicos que estão acompanhar a fábrica (não me recordo nessa altura nem de o ver por aqui, nem do seu interesse pela fábrica) e que estão a ser resolvidos pelos técnicos e proprietários da ENERMONTIJO.
    Cumprimentos,

    Colaborador da ENERMONTIJO

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  3. Mais uma vez vejo-me obrigado a escrever neste blog, coisa que já tinha prometido a mim mesmo não fazer, mas sempre que se ultrapassa os limites alguém tem que defender a honra das pessoas. Agora chama as pessoas de mentirosas, isso é feio, e ainda é mais feio quando se generaliza, se fala de alguém em especial diga os nomes, ou então está a ter uma atitude igual à que crítica. Quanto à ENERMONTIJO, estranho o seu interesse só depois da sua construção. A fábrica não apareceu do nada e até demorou algum tempo a ser construída, por que é que do alto dos seus conhecimentos técnicos e com os seus contactos ao mais alto nível, que tanto faz questão de constantemente relembrar, não fez essas questões em tempo útil e não efectuou as diligencias necessárias para a fábrica não ter a localização actual? Aceito que discorde da sua localização, não aceito é que continue a insinuar que tal resultou de movimentações menos sérias. Sabe, por vezes na ânsia de fazer bem, cometem-se erros, o que não quer dizer que isso tenha resultado do suborno de alguém, sim é preciso assumir com todas as letras aquilo que se passa a vida a sugerir, para depois virem dizer “Ah mas nós nunca dissemos isso”. No final disto tudo, ainda vamos ouvir que os Srs. são os responsáveis pela fábrica ter vindo para cá (parte boa da questão) e que a Câmara e Junta de Freguesia são as responsáveis pela sua localização (parte má da questão). Que falta de paciência!

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  4. Exmo. Senhor
    Colaborador não identificado da Enermontijo.

    Não se quer identificar? Assim será promovido pela administração.

    Quero-o informar que mantenho todos os meus direitos e deveres como Deputado da Nação. Segunda-feira irei solicitar mais esclarecimentos ao Governo sobre um infeliz acontecimento da passada Quinta-feira.

    Agradeço-lhe todas as informações que nos deu sobre os processos tecnológicos da Enermontijo. Bem se poderia denominar EnerPegões. Era mais justo. Asseguro-lhe, caso não saiba, que sou um defensor dos princípios que estão na base do uso dos granulados de madeira como combustível, vulgarmente denominados de pellets.

    Considerando que este diálogo é franco e aberto (embora o Senhor seja um cidadão anónimo) reforço mais um ponto em defesa da tecnologia em causa: o Nemátodo da Madeira do Pinheiro. Como sabe o NMP está a fustigar a nossa fileira florestal de pinho sendo necessário valorizar as árvores doentes. O processo tecnológico em causa permite a sua valorização.

    Esqueceu-se ainda de mencionar outro ponto: o IVA. Considero que o IVA que os pellets pagam, mas também a biomassa em geral é excessivo. Numa reunião com o Senhor Ministro do Agricultura, do Desenvolvimento Rural e Pescas, defendi que deveria sensibilizar o Senhor Ministro das Finanças para que na reunião da UE sobre as finanças defendesse a redução do IVA para estes combustíveis. Ou será que não concorda?

    Todos os cidadãos têm o direito de usar o direito de petição. De solicitar aos seus representantes a resolução de um problema que os afecta. Os Senhores dizem que já está resolvido. Se já está é porque existia. Mas será que está?

    Eu tenho o direito e o dever de apoiar os cidadãos que se sentem lesados pela má localização da empresa. Ou será que o Senhor colaborador anónimo considera que a localização foi a mais correcta?

    E tenho o direito de, junto da população, dizer que quer a Junta de Freguesia (só na parte política) quer a C.M. Montijo (na parte administrativa e política) agiram incorrectamente. Existiam soluções alternativas.

    Se o problema eram os acessos rodoviários era dever da C.M.M. suportá-los. Era a sua contrapartida. Ou será que o Senhor colaborador que acompanha o processo desde o início não considera também que as taxas municipais são muito elevadas? E isso não é uma forma de afastar o investimento?

    Não se preocupe com o meu ordenado... Preocupe-se antes com a condução perigosa... Com os acidentes rodoviários.

    Não use a demagogia. Ninguém colocará em causa o seu sagrado posto de trabalho. Só a administração. E não se preocupe com o nosso programa eleitoral. Só dedica um item a Enermontijo. Esteja descansado que nós não vamos encerrar a empresa. Como é óbvio para todos.

    Com elevada estima e consideração
    Luís Carloto Marques

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  5. Exmo. Senhor Carlos Silva

    Recebi diversas reclamações de cidadãos que se queixavam do ruído e das poeiras da Enermontijo. E tinham toda a razão para reclamar. Tentei perceber melhor a situação e entendi que deveria efectuar alguma diligência. E efectuei diversas.

    Surge depois a probabilidade da candidatura, embora sempre com muitas dúvidas, já que estava numa candidatura a uma grande cidade.

    Li num jornal, depois numa folha A4, que o terceiro candidato da lista onde é mandatário diz que nós queremos encerrar a empresa. Não ouvi. Li. E que já se falava no "ataque a outra empresa", suponho que era a que está contígua e que faz o descasque do pinhão.

    A petição está on-line. Esteve sempre. Solicita só a atenção dos futuros representantes para os direitos dos cidadãos lesados. E acreditem que existem cidadãos lesados.

    Esta candidatura não vai efectuar nenhuma diligência para encerrar a empresa. Esta candidatura promoverá, se ganhar as eleições, reuniões entre as partes em litígio para que se encontre uma solução justa para todos. Era esse o papel que a Junta de Freguesia já deveria ter desempenhado.

    Esta candidatura não insulta alguém. Não achincalha pessoas. Tem um projecto para a região que será apresentado. Esta candidatura mantém o princípio que hoje nos parece a todos consensual. A localização da unidade industrial não foi a mais correcta. A solução agora é tentar minorar os erros cometidos na localização. E aqui entra a apreciação política. O seu licenciamento naquele local foi uma decisão administrativa, mas também política.

    E quanto ao resto do que escreve, eu não sei de nada. Nem quero saber. O mandato está mesmo a terminar.

    Com elevada estima e consideração,
    Luís Carloto Marques

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  6. A voz do trabalho é muito mentirosa. Então não sabe que a construção da fabrica começou sem licenciamento da câmara e que o mesmo só apareceu depois do Bloco de esquerda ter questionado o governo sobre a situação em pleno parlamento???
    Veja aqui:

    http://beparlamento.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=1032&Itemid=36

    Se quiser posso-lhe fornecer uma cópia do requerimento que o bloco apresentou ao Ministro do Ambiente.

    Já que conhece tão bem a sua querida fabrica, sabe explicar porque é que no dia em que ouve um pequeno incendio na fabrica, onde estão acumuladas toneladas de lenha no meio das habitações, as bocas de incendio que estão a espalhadas a enfeitar a periferia NÃO FUNCIONAVAM ???

    Então mas não foram verificadas pela entidade competente ???

    Porque é que vieram para o local 5 corporações de bombeiros Canha, Montijo, Aguas-de-Moura, Palmela e Pinhal Novo!!!
    Tiveram medo que alastrasse ás habitações ????

    E já agora, como é tão conhecedor deste tipo de industria ( deve ter pesquisado no google )pode explicar aos vizinhos para onde vái a enorme quantidade de água que é extraida da madeira ??? É que caso não saiba na cultura do pinheiro são usados varios fungicidas e pesticidas que são absorvidos pela arvore e que depois vão ser extraidos na sua empresa durante a desidratação.
    Esse liquidos vão para um sitio ai na empresa que eu sei onde é, mas vou deixar que o senhor explique porque deve saber melhor que eu.

    Aproveito para lhe perguntar se sabe quantos furos de água analisada como propria para consumo existem num raio de 500 metros ???

    Pode defender os seus interesses, mas não invente legalidade onde não a há.

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